Cruzeiro do Sul, Acre, 18 de abril de 2024 20:09
São Paulo - Fila para vacinação contra febre amarela na Unidade Básica de Saúde - UBS/AMA Jardim Peri, região norte.

OMS inclui todo Estado de São Paulo como área de risco para febre amarela

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O ministro da Saúde, Ricardo Barros, garantiu que não faltam vacinas contra a doença no País

 

A Organização Mundial da Saúde passou a considerar, a partir desta terça-feira (16), todo o Estado de São Paulo como área de risco para a febre amarela.

De acordo com a entidade, a decisão foi tomada ao se considerar o aumento da atividade do vírus observado no Estado.

Em comunicado, a OMS diz: “consequentemente, a vacinação contra a febre amarela é recomendada para viajantes estrangeiros que visitem qualquer área no Estado de São Paulo”.

Vale lembrar que aquelas pessoas que forem viajar ao Estado devem adotar medidas para evitar as picadas de mosquitos e ficar atento a eventuais sintomas da doença e procurar assistência médica em caso de suspeita de febre amarela.

“A determinação de novas áreas consideradas de risco de transmissão de febre amarela é um processo contínuo, e atualizações serão fornecidas regularmente”, diz comunicado da OMS.

Mortes por febre amarela

Até o momento a Secretaria Estadual de Saúde confirmou 21 mortes por febre amarela silvestre desde janeiro de 2017 até o último dia 12. Até o dia 11 de janeiro deste ano, São Paulo já contava 13 mortes de pessoas pela doença.

Outros 40 casos autóctones de febre amarela silvestre no Estado foram constatados desde janeiro do ano passado.

Recebimento de vacinas

O Estado de SP recebe nesta terça-feira (16) mais 500 mil vacinas contra febre amarela, segundo afirmou nesta segunda (15), o governador Geraldo Alckmin. A remessa faz parte de um total de 1 milhão que o governo federal deve enviar nos próximos dias.

“É importante não ter pânico. O trabalho está sendo bem feito e a prioridade são aquelas áreas, corredores, onde as pessoas têm mais aproximação da área da mata. Não há desde 1942, febre amarela urbana, a febre amarela é silvestre”, ressaltou Alckmin.

Nesta terça, em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro da Saúde, Ricardo Barros garantiu que não faltam vacinas contra a doença no País, mas ponderou que a disponibilidade não é imediata.

“Temos capacidade de imunizar a todos. É preciso que pessoas, que estão em cada Estado onde decidiu que deve haver vacinação de toda a população, se apresente aos postos de vacinação. E muitos municípios que não estão recomendados estão se apresentando e vamos fazer a cobertura vacinal, mas como não estavam previstas, há um certo tempo para que a gente desloque o estoque de vacinas. Não há disponibilidade imediata, mas não faltam vacinas no Brasil”, explicou. “População, fique absolutamente tranquila, não faltarão vacinas contra a febre amarela”, garantiu.

Riscos de febre amarela na cidade de São Paulo

No último dia 12, a Prefeitura de São Paulo divulgou um balanço sobre a vacinação contra febre amarela na cidade. Até agora, 1,2 milhão de pessoas foram vacinadas na zona norte, 271 mil na zona sul e 20 mil na zona oeste.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o secretário da Saúde, Wilson Pollara, disse que, apesar da grande procura por vacinas, a cidade de São Paulo “não é região de risco da doença”. “Não temos necessidade de vacinar todas as pessoas imediatamente. Temos programação ao longo dos meses para que, com calma, vacinemos a população inteira. Não há nenhum risco da doença em São Paulo hoje”, garantiu.