Cruzeiro do Sul, Acre, 18 de abril de 2024 23:49

Coluna Política Pimenta no Reino 08-02-2018

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Sinhasique quer ouvir empresário sobre possíveis irregularidades cometidas

Jarbas Soster, proprietário da Pedra Norte, se diz disposto a revelar supostas fraudes

Ouvidos atentos

A deputada estadual Eliane Sinhasique (MDB) apresentou nesta quarta-feira (7) um requerimento à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Acre no qual solicita a presença na Casa do empresário Jarbas Soster, diretor-presidente do Grupo Soster, para que esclareça declarações feitas nas redes sociais sobre o programa Ruas do Povo.

Sincronia

Na véspera (terça-feira, dia 6), o vereador Roberto Duarte Júnior (MDB) apresentara requerimento semelhante na Câmara da capital para ouvir o que Soster tem a dizer sobre o mesmo programa.

Gravidade

Sinhasique se disse preocupada com o que chamou de ‘graves colocações’ do empresário, a partir de sua disposição – manifestada no Facebook –, de se colocar à disposição dos deputados estaduais e dos órgãos de controle para prestar esclarecimentos sobre as supostas irregularidades no âmbito do programa.

Não se omitam, excelências!

A parlamentar do MDB disse ainda que os seus pares na Aleac não podem se omitir quanto às insinuações de Soster. “Não vamos pecar e cometer o crime da omissão. Não podemos fazer de conta que não aconteceu nada. Esta casa não pode cometer esse crime”, enfatizou ela.

Ação judicial

Em janeiro deste ano, a empresa M.S.M Industrial, a Pedra Norte, ajuizou na 2ª Vara da Fazenda Pública, contra o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa), uma Ação Ordinária de Rescisão de Contratos Administrativo, na qual pede o pagamento de R$ 18,5 milhões do órgão público.

Por dentro do caso

A Pedra Norte listou na ação uma série de atos administrativos do Depasa que seriam suficientes para a rescisão dos contratos firmados entre a empresa e a autarquia estadual. Esses contratos versam sobre obras de infraestrutura nos bairros Santo Afonso, Esperança, Plácido de Castro e João Paulo.

Motivações

Entre as irregularidades administrativas cometidas pelo Depasa constam o não reajustamento dos valores dos contratos pelo índice do INCC, a falta de realinhamento de preços decorrentes do aumento do valor dos insumos utilizados nas obras e o atraso no pagamento de serviços executados e entregues pela empresa.

Indignação

Através de uma rede social, o diretor-presidente do Grupo Soster, da qual faz parte a empresa Pedra Norte, Jarbas Soster, afirmou que buscarão até as últimas instâncias o direito que lhes vem sendo negado pela atual administração do governo do Acre. Jarbas afirmou, ainda, que não serão submetidos ao ridículo como outras empresas do Acre.

Peixes da Amazônia

Em setembro do ano passado, Jarbas Soster acionou judicialmente a Peixes da Amazônia S.A., empreendimento que conta com a participação do governo do Acre, para o cumprimento de um acordo de pagamento de uma dívida de R$ 3,2 milhões no prazo de 48 horas, referente à pavimentação em brita realizada na fase de construção do complexo de piscicultura idealizado pelo governador Tião Viana.

Reconhecimento da dívida

A Peixes da Amazônia reconheceu a dívida e apresentou uma proposta, em maio de 2017. Soster, porém, alegou não ter recebido nenhuma parcela do pagamento acordado.

Alvo fixo

Em meados de novembro, Jarbas Soster voltou à carga contra o governo ao declarar, também nas redes sociais, que “O Acre se tornou uma hipoteca ambiental”. E que nossos governantes “não têm coragem de trabalhar e fazer desta terra uma referência”.

Petição de miséria

Entre outras críticas, Soster afirmou ainda ser “lastimável ver nossas autoridades com pires na mão, atrás de nações ricas pra obter um mísero recurso que não resolve em nada a situação de penúria”. E prosseguiu: “Por trás das doações sempre tem um pacote de maldade. Apertar a fiscalização, coagir, pressionar, maltratar, ameaçar, multar colonos, seringueiros, fazendeiros, agricultores, autônomos e empresários. É a dita petição da miséria”.

Suposta ameaça

No dia 9 de janeiro deste ano, Soster foi às redes sociais para denunciar uma suposta ameaça do governador Tião Viana, feita através de um emissário.

Tentativa de intimidação

Na postagem, Soster esclareceu que o porta-voz do governador teria tentado intimidá-lo ao mencionar um processo no qual fora acusado de estupro, em 2004. “Você quer a cópia, doutor? Eu te dou. Suas ameaças são fúteis e inúteis. Vamos, cada um expõe o que tem pra expor. Vamos lá, vamos pra guerra. Não paga o que deve e quer intimidar a mim e minha família. Experimenta! Não tenho medo de você e sua gangue”, postou o empresário.

‘Comitê financeiro’

No dia seguinte, a vice-governadora Nazareth Araújo, que na época estava no comando do Estado, reconheceu as dívidas do governo com empresas, entre as quais a Pedra Norte. Ela disse ainda que o Estado, sempre que possível, parcela as dívidas a partir de uma análise feita por um ‘comitê financeiro’.

De fórum íntimo

Em relação à tentativa de intimidação suspostamente sofrida por Jarbas Soster, Nazareth afirmou que se tratava de uma questão particular do governador Tião Viana, que certamente encaminharia o caso aos seus advogados.

Data venia

Eis, portanto, o polêmico e destemido personagem que Eliane Sinhasique quer levar para ser ouvido nas comissões da Aleac. Sem a intenção de desrespeitar as Suas Excelências, este colunista duvida que o requerimento da líder do MDB na Aleac seja aprovado…

É cada coisa, viu?

O The New York Times, citado por um site local como ‘um dos mais importantes jornais do mundo’, publicou editorial na última terça-feira com ilações sobre supostas falhas no processo contra o ex-presidente Lula, além de apontar a ‘parcialidade’ de juízes envolvidos no julgamento do caso do tríplex. O editorialista afirmou ainda que a democracia brasileira está ‘à beira do abismo’.

Balaio de esquerdistas

Ocorre que os jornais norte-americanos, a exemplo do que se passa no Brasil, estão abarrotados de militantes a serviço da mais parcial das coberturas sobre os fatos, sempre, é claro, em favor da esquerda. Senão, vejamos.

Alhos e bugalhos

Conforme nos ensina o filósofo Olavo de Carvalho, em 1976, ano em que um milhão de cambojanos morriam pelas mãos do ditador comunista Pol-Pot, o New York Times deu apenas quatro notícias de violações de direitos humanos no Camboja. Quatro! No mesmo ano, foram 66 sobre violações no Chile, onde o total de mortos pela repressão do regime militar nunca passou dos 3 mil.

Assemelhados

Segundo o filósofo, “o Washington Post deu nove notícias sobre o Camboja, 58 sobre o Chile. A NBC não fez qualquer menção ao massacre do Camboja, a ABC fez uma, a CBS duas”. Eis, portanto, o ‘jornalismo’ que esses veículos, atulhados de militantes travestidos de repórteres, colunistas, editorialistas e articulistas, nos entregam todos os dias.

Frase

Foi Castelo Branco quem disse que “A esquerda é boa para duas coisas: organizar manifestações de rua e desorganizar a economia”. Os ‘companheiros’ que o digam, não é mesmo?